Coluna de: Profa. Edmeire C. Pereira/UFPR
Título da Coluna: “Refletindo sobre temas gerenciais à moda de fábulas”
Mês: Janeiro de 2019

MARCENARIA

Autor desconhecido…Tomei contato com essa história por meio de um Curso de Gestão Estratégica, em 2012. Trata-se de uma tentativa de nos autoconhecermos, por meio de nossas habilidades. Não foi difícil “linkar” essa história com o famoso livro “Descubra seus pontos fortes”, de Marcus Buckingham e Donald O. Clifton, Ph.D. (RJ: Sextante, 2008).

Vamos à história…
“Contam que na marcenaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria de renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho, e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento, entrou o marceneiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a marcenaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.
Foi então, que o serrote tomou a palavra e disse:
_ Senhores, ficou demonstrado, que temos defeitos, mas o marceneiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e, concentremo-nos em nossos pontos fortes.
A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos.
Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa.
Ao contrário, quando se buscam com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas, encontrar qualidades… isto é para os sábios!”

Moral da história: lembrando, de um provérbio chinês milenar: “nunca aponte o dedo, mesmo que limpo, para ninguém…”