Contemplo o que não vejo. É
tarde, é quase escuro. E quanto em mim desejo Está parado ante o muro. Por cima
o céu é grande; Sinto árvores além; Embora o vento abrande, Há folhas em
vaivém.
Tudo é do outro lado, No que há e
no que penso. Nem há ramo agitado Que o céu não seja imenso.
Confunde-se o que existe Com o
que durmo e sou. Não sinto, não sou triste. Mas triste é o que estou.