Ela ia, tranqüila pastorinha,
Pela estrada da minha imperfeição. Segui-a, como um gesto de perdão, O seu
rebanho, a saudade minha…
“Em longes terras hás de ser
rainha Um dia lhe disseram, mas em vão… Seu vulto perde-se na escuridão… Só
sua sombra ante meus pés caminha…
Deus te dê lírios em vez desta
hora, E em terras longe do que eu hoje sinto Serás, rainha não, mas só pastora
_
Só sempre a mesma pastorinha a
ir, E eu serei teu regresso, esse indistinto Abismo entre o meu sonho e o meu
porvir…