(Texto adaptado pelo Pr. Edilson Valiante)

 Este texto me foi dado por uma pessoa bastante especial para mim – Sr. Santo, um técnico-administrativo da UFPR campus Curitiba/PR, que se aposentou há algum tempo, após uma longa trajetória na Universidade. Só para se ter uma ideia, este Senhor viu o Centro Politécnico da UFPR nascer, há mais de 50 anos atrás… inclusive, quando eu estava nascendo, ele já trabalhava para a nossa querida e mais que centenária Universidade Federal do Paraná…. Terminou sua carreira no Setor de Mecanografia (o famoso “xerox”), o qual todos os dias, tínhamos o prazer de ir ter com ele e ouvir suas sábias “estórias” ou seriam, “histórias”?

Vamos a uma delas, que ele me brindou e agora, o faço aos leitores/navegadores deste sítio/site eletrônico:

Uma companhia de navegação da Amazônia, floresta localizada na Região Norte do Brasil, colocou um anúncio em um jornal oferecendo vaga de trabalho para Operador de Rádio em uma de suas embarcações. Como era de se esperar, logo o escritório da empresa ficou cheio de candidatos, cada um com sua senha de atendimento na mão, aguardando a entrevista. Os pretendentes esperavam, conversavam distraídos, sem dar muita atenção ao sistema de som do hall de espera, que tocava, em baixo volume, uma música regional. Pouco antes do horário marcado para o início das entrevistas, chegou mais um candidato aspirante à vaga. Preencheu a ficha de cadastro e sentou-se quieto por alguns minutos. De repente, esse último candidato colocou-se de pé e se dirigiu à sala em cuja porta estava escrito: “Comando – só entre se for convidado”. Poucos minutos mais tarde, ele saiu, já vestido com o uniforme da empresa. Tinha sido contratado.

Um dos candidatos logo protestou furioso: “Olhe, eu tenho a senha número 1 e por que você furou a fila e foi antes de nós?” O recém-contratado Rádio-operador simplesmente respondeu: “Qualquer um de vocês poderia ter conseguido a vaga, mas nenhum prestou atenção aos sinais do Código Morse, que foram dados, enquanto a música tocava”. A mensagem era a seguinte: “Desejamos alguém, que sempre esteja alerta. Se você entendeu esta mensagem, entre imediatamente, na sala de comando.”

Moral da história: devemos estar sempre atentos aos sinais do mundo moderno, sob as penas de ficarmos atrasados em relação a quase tudo; estamos tão conectados nos dias que correm, que não nos apercebemos da beleza singela das flores, das árvores, dos sorrisos de uma criança, da generosidade dos idosos, e, por aí vai… devemos ter foco naquilo que queremos para as nossas vidas e que podemos transformar para melhor; nunca é demais, lembrar da frase célebre do Prêmio Nobel de Economia Simon: “A riqueza da informação, gera a pobreza da atenção”; estamos tão ricos de dados e informações, porém, sedentos de conhecimentos…  por que será, né?

 

 

MINHA  BREVE APRESENTAÇÃO:

Meu nome é Edmeire Cristina Pereira e sou docente há 25 anos na UFPR. Já lecionei para o Curso de Graduação em Biblioteconomia e Documentação e, desde 1999, leciono para o Curso de Gestão da Informação. Leciono para o Eixo de Ciência da Informação dentro do Curso de GI. Dessa experiência profissional, vão brotar algumas fábulas que recebi em cursos que fiz e que as transmiti para meus alunos, em várias disciplinas que lecionei. Os temas são gerenciais e/ou comportamentais. Sua escolha é ocasional/intensional e visa tão somente contribuir com reflexões para os navegadores do sítio do Instituto In-Vida, mas com a esperança de que produzam alguma “práxis”, por aqueles navegadores/leitores que se sentirem “tocados” pelas mensagens que serão veiculadas. Os meus agradecimentos sinceros à minha colega e amiga Maria Rita T. Michalski –irmã de coração, que me deu essa oportunidade de manejar a palavra escrita para tantas pessoas.