Aqui está uma breve história de um cachorro malhado, branco e preto, de porte grande, ocorrida na estrada Maria Luiza, em direção a Matinhos, no litoral do Paraná. Tudo aconteceu assim: na quinta-feira passada, eu estava a caminho de Paranaguá para uma visita a uma cooperativa, onde teria uma reunião com os diretores. Eu estava acompanhado por uma professora, uma aluna estagiária, uma voluntária técnica e motorista, que era da UFPR. conduzido na estrada, quase chegando a Matinhos, quando passamos por uma pequena vila de agricultores, algo como um mini distrito. conduzidos seguindo as coordenadas do GPS, que indicavam 1 km a partir de um certo ponto. Entramos em uma rua e, ao chegar na primeira casa, pedi ao motorista que parasse para perguntar se era aquele o lugar certo.

Tudo aconteceu muito rápido a partir desse ponto. Quando me aproximei da casa, percebi que havia um caminhãozinho e cerca de três cachorros lá, e havia um portão grande e alto fechado para evitar que os cachorros saíssem e mordessem alguém. O cachorro maior e mais imponente estava dentro desse portão de ferro, mas a parte de cima era de grau aberto. Quando cheguei um pouco mais perto para tocar uma campainha e me aproximar, percebi que os cachorros estavam latindo uns para os outros no canto esquerdo. De repente, esse cachorro maior veio escapar estrategicamente por trás do portão, e então pulou sobre ele como uma pipoca. Por eu ser baixinha, ele acabou acertando meu rosto, mais precisamente meu nariz. Graças a Deus, ele pegou de forma torta e não consumiu meu olho. Ele cravou seus dentes inferiores e presas superiores no meu lábio inferior e no meio da testa, acima do nariz. Em seguida, ele caiu para trás, dentro do terreno.

Foi uma correria, todos saíram do carro e eu coloquei a mão no rosto. Vi que estava sangrando muito, pois qualquer ferimento no rosto tende a sangrar bastante. Naquele momento, não demonstrei medo, mas percebi que meu rosto estava coberto de sangue. A mulher que morava na casa correu desesperadamente de lá, trazendo vários panos. Ela disse que iria buscar gelo e trouxe um tablete de plástico que geralmente é usado para armazenar insulina no freezer. Ela me pediu para segurar e pressionar o machucado local. Depois disso, fui para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber antibióticos, anti-inflamatórios e outros medicamentos prescritos pelos médicos. Infelizmente, não havia vacina disponível no estado, nem mesmo a vacina antirrábica para prevenir a raiva, já que o cachorro claramente não tinha sido vacinado.