Autor: desconhecido…

Ganhei o texto abaixo, de minha irmã Stella, quando esta fez um curso rápido de
Rotinas para Departamento de Pessoal.
Agora, não se trata de animais, e sim, frutas. No caso, abacaxi (que eu adoro!).
Vamos à história, de autoria desconhecida, para mim…

“_ Tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa, com toda a dedicação, e
agora, me sinto um tanto injustiçado. Juca, que está conosco há somente três anos, está
ganhando mais do que eu…
O patrão fingiu não ouvi-lo e, cumprimentando-o, falou:
_ Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá ajudar-
me. Estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje. Aqui,
na esquina, tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
José, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a sua missão, a ele designada. Em 5
minutos estava de volta.
_ Como é? Disse o patrão.
_ Verifiquei como o Sr. mandou e a barraca tem o abacaxi, disse José.
_ E quanto custa cada? Perguntou o patrão.
_ Isto, eu não perguntei não! Respondeu José.
_ Eles têm quantidade suficiente, para atender a todos os funcionários? Perguntou o
patrão.
_ Não sei… respondeu José.

_ Muito bem, José! Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
Pegou o telefone e mandou chamar o Juca.
Quando Juca entrou na sala, o patrão foi logo lhe dizendo:
_ Juca, estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje.
Aqui, na esquina, tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Em 8 minutos, Juca estava de volta.
_ E então, Juca? Perguntou o patrão.
_ Tem abacaxi, sim. Tem quantidade suficiente para todo o pessoal e se o Sr. quiser eles
têm também, laranja e banana.
_ E o preço? Perguntou o patrão.
_ Bom, o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo; a banana, a R$ 0,50 o quilo e a
laranja, a R$20,00 o cento, já descascada. Mas, como eu disse que a quantidade era
grande, eles me concederam um desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o
Sr. resolva, eu confirmo.
Agradecendo a Juca pelas informações, o patrão dispensou-o e voltou-se para José, na
cadeira ao lado, e perguntou-lhe:
_ Você perguntou alguma coisa, quando entrou em minha sala, hoje? O que era mesmo?
_ Nada sério não, patrão, respondeu José.”

Moral da história: quantos Josés conhecemos em nossos ambientes de trabalho, que são
limitados e sem iniciativa? Muitos, né?!

Infelizmente… Porém, os Jucas, como o da história acima, são poucos, mas bastante produtivos e com senso de responsabilidade,
comprometimento e pró-ativos.Levam, talvez, um pouco mais de tempo, para cumprir
suas missões, mas as fazem com toda a diligência e atenção. Se antecipam às
solicitações. Quem não quer trabalhar com colaboradores assim? Todos queremos, mas
isso, passa pela questão fatídica da nossa Educação: precária e sem muita criatividade
(salvo exceções). Somos pessoas do século XXI, usando métodos de ensino do século
XIX… Isso, precisa mudar urgentemente, para a gente formar cidadãos conscientes de
seu papel na sociedade do conhecimento. Caso contrário, esse atraso educacional,
científico, tecnológico e cultural, custará muito caro aos cofres públicos…

Coluna de: Profa. Edmeire C. Pereira/UFPR

Título da Coluna: “Refletindo sobre temas gerenciais à moda de fábulas”

Envio dos textos: mensal (primeiro dia útil do mês)

Mês: Dezembro de 2018

Fonte Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/abacaxis/