A rotina traz estabilidade e a constancia.

Minha Jornada de 40 Dias: Um Jejum de Corpo, Mente e Espírito

Nesta Quaresma de 2025, me propus a viver algo profundo e transformador: 40 dias de jejum (tirei carboidratos, açucar, alcool, e fiz meditação diária. Mais do que uma prática religiosa, tem sido um mergulho em mim mesmo. Um reencontro com o essencial, com a natureza e com a sabedoria do corpo.

Durante esse período, escolhi cuidar de mim com consciência e presença. Reduzi drasticamente a alimentação — com jejum intermitente e refeições leves — e incluí uma rotina diária de meditação, silêncio e introspecção. Mas essa jornada foi além da alimentação. Foi (e está sendo) sobre renovar hábitos e estabelecer um novo pacto com a vida.

Nutrição com propósito

Aprendi a escutar meu corpo. Estou fazendo a dieta cetogênica. Só como quando realmente sinto fome — e isso faz toda a diferença na digestão e na energia que me acompanha ao longo do dia. Passei a escolher alimentos naturais, frescos, de preferência orgânicos e da estação. Evitei os ultraprocessados, o açúcar refinado, e reduzi muito o consumo de carne. Redescobri o prazer das frutas, verduras, chás e especiarias como cúrcuma, gengibre, canela e cominho — que não só nutrem, como também curam. Comecei a participar de um grupo de acompanhamento com nutricionista Beatriz Romão e a endocrinologista Carolina Monteguti para aasim que acabar essa dieta saber como equilibrar a alimentação e deixa-la descomplicada.

Água: a sabedoria do simples

Pode parecer óbvio, mas reaprendi a beber água com consciência. Muitas vezes confundimos sede com fome. Carrego comigo uma garrafinha e me hidrato ao longo do dia, inclusive com chás medicinais que auxiliam a digestão e acalmam a mente. E um hábito simples, mas poderoso: todo dia ao acordar, tomo um copo de água morna. Isso já desperta o corpo com gentileza.

O corpo em movimento

Me comprometi com exercícios leves e constantes: caminhadas, alongamentos e respirações conscientes. Encontrei no movimento diário uma forma de oração. Dormir cedo e acordar por volta das 6h tem sido um pilar para manter meu ritmo biológico em harmonia. do meio do dessa jornada interior pra frente. Confesso que derrapo as vezes, mas fazer higiene do sono é fundamental. e zerar as telas no quarto é fundamental.

Silêncio, pausa e presença

Ao longo desses 40 dias, aprendi a fazer pausas. Me afastar de estímulos excessivos como celular, TV ou rádio enquanto me alimento, por exemplo, é um gesto simples que muda toda a experiência. Comer com presença, meditar diariamente, respirar antes de responder, tudo isso tem me ajudado a lidar com o estresse e cultivar mais serenidade. Fazer yoga de agora pra frente será um benefício.

Cuidar do que me cerca

Também percebi como nossos hábitos impactam o planeta. Diminuir o consumo de industrializados, preferir alimentos locais e cozinhar minhas próprias refeições são formas de honrar a terra. E claro, cuidar do meu entorno: manter relações mais saudáveis, limites mais claros, e um olhar mais compassivo sobre mim e sobre o outro.

Um convite

Se eu puder te dizer algo que aprendi nesse tempo é: comece com o que está ao seu alcance. Um chá. Um respiro. Um prato mais colorido. Um pouco mais de silêncio.

Esses 40 dias não foram sobre privação. Foram sobre libertação. Um reencontro com o que realmente importa. E talvez o mais bonito dessa jornada seja perceber que o sagrado mora nas pequenas escolhas do dia a dia.

E você? Quais desses hábitos já fazem parte da sua vida? Quais você gostaria de cultivar?