Fiquei
relembrando tudo que estudei, ensinei em cursos que ministrei por ai, e
principalmente o que vivi, quando estes dias li este texto na internet (sem
denominar o autor). Adaptei e estou compartilhando com interesse de fazer uma
reflexão. 
Arquivo
pessoal  Projeto Tertúlia 
“A
enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma. O resfriado escorre quando o corpo
não chora. A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as
aflições. O estômago arde quando as raivas não conseguem sair. O
diabetes invade quando a solidão dói. O corpo engorda quando a
insatisfação aperta. A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam. O
coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. A alergia
aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. As unhas quebram quando
as defesas ficam ameaçadas. O peito aperta quando o orgulho escraviza. A
pressão sobe quando o medo aprisiona. As neuroses paralisam quando a
“criança interna” tiraniza. A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras
da imunidade. Os joelhos doem quando não se sabe a direção a seguir. O
câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver. E as dores caladas? Como falam em nosso corpo? A
enfermidade não é má, ela avisa quando nos descuidamos. O caminho para a
saúde não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamado
tempo, luzes de precaução chamado conhecimento, e ajudará muito ter no
caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado
força de vontade, um bom seguro chamado exames periódicos, abundante
combustível chamado Paciência. Mas principalmente autoconhecimento, para
distinguir o que acontece em seu próprio corpo”…
Agora
uma paradinha para perguntar-se: O que tens feito com tuas emoções? Deixa
desaguar no seu corpo? Trata-as, ou ignora?
CUIDADO
se você se diz controlado!
Ao
invés de se imunizar contra as emoções negativas, que seria o ideal, as pessoas
que se dizem controladas, podem não estar reconhecendo os estados emocionais
negativos que estão experimentando. Podem estar dissimulando a raiva, a
ansiedade, o medo ou a tristeza. 
O
livro Da emoção à Lesão, do autor Geraldo José Ballone que também mantém o que
eu acho melhor site de pesquisas sobre as relações entre a psiquê e a
fisiologia humana (link abaixo); alem de tantas outras informações, diz
respeito às doenças com verdadeiro componente orgânico, detectável por exames
clínicos e não à somatização ou conversão, que são quadros onde existe a queixa
mas não se encontra alterações orgânicas.
Clinicamente,
uma ampla variedade de transtornos psicofisiológicos pode estar associada à
ansiedade, entre eles os transtornos cardiovasculares, digestivos, cefaléias,
síndrome pré-menstrual, asma, transtornos dermatológicos, transtornos sexuais,
dependência química, transtornos alimentares, debilidade do sistema imune etc,
diz Ballone.
Conforme
o Dr. G.L.Ballone brilhantemente descreve a forma mental de lidar com a
situação seria, por exemplo, fantasiar, racionalizar, negar, orar. A maneira
emocional atípica de enfrentamento seria deprimir-se, agredir, culpar os outros
ou culpar-se, chorar, gritar. Outras atitudes de enfrentamento atípico, seriam
isolar-se, exibir-se, brincar, arriscar-se, comer, beber, transar, fumar,
trabalhar, tudo excessivamente e, finalmente, de particular interesse à
psicossomática, surge uma maneira somática de enfrentamento, representada pelo
adoecer.
Eis
algumas “opções” de enfrentamento adotadas pela maioria das
pessoas*: 
1.
Olhar o problema objetivamente.
2.
Buscar alternativas para enfrentar a situação.
3.
Falar sobre o problema.
4.
Ter esperança de que as coisas melhorem.
5.
Procurar apoio com familiares e amigos. 
6.
Agitar-se fisicamente.
7.
Fumar, beber e usar drogas. 
8.
Comer e dormir em excesso.
9.
Adoecer fisicamente. 
10.
Gritar e agredir.
11.
Meditar e relaxar. 
12.
Isolar-se e ficar só.
13.
Esquecer o problema. 
14.
Resignar-se.
15.
Sonhar e fantasiar sobre o problema. 
16.
Rezar.
17.
Ficar nervoso.
18.
Preparar-se para o pior. 
19.
Deprimir-se.
20.
Dedicar-se excessivamente ao trabalho.
*MELO
FILHO J – Psicossomática Hoje – Artes Médicas, 1992
Para entendermos de forma mais clara, os processos da somatização devem
ser considerados os tipos de resposta emocional resultante da avaliação que
fazemos da realidade (e dos estressores) e nossos mecanismos pessoais e
particulares de enfrentamento da situação. Observando-se tanto os animais
quanto as pessoas, notamos a presença de dois componentes no processo emocional
de adaptação do sujeito às exigências da realidade. 
As
manifestações fisiológicas resultantes do estresse adaptativo, chamadas de
somatizações, podem ser entendidas como
uma forma não verbal de se expressar. E quanto menos eficientes são os
mecanismos mentais ou cognitivos de sentir, falar e agir, mais o sistema
somático será utilizado para expressar emoções. Isso significa que quanto mais “puras”
forem às emoções, menos somáticas se tornarão. 
A
Síndrome Geral de Adaptação, descrita por Hans Selye e posteriormente
identificada como
o próprio estresse, é um conjunto de reações fisiológicas e eminentemente
somáticas, de cunho sobretudo emocional, que surge quando o organismo é
compelido adaptar-se à alguma situação alarmante. O processo que vai do
estresse até o resultado somático final será sempre um processo fisiológico e
biológico, atrelado às características da espécie mas, identificar ou considerar
um estímulo como
sendo estressante ou não, será sempre uma atribuição emocional e particular do
sujeito (não mais e exclusivamente da espécie).
Referências:
Site de Psiquiatria PsiqWEB 
Ballone GJ – Da Emoção à Lesão – in. PsiqWeb, Internet,
disponível em www.psiqweb.med.br